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Arquitetura nômade na Rio 2016: entenda o conceito que norteou a construção de importantes obras olímpicas.

Arquitetura nômade na Rio 2016: entenda o conceito que norteou a construção de importantes obras olímpicas.

(Foto: Renato Sette Camara -Prefeitura do Rio)

Com o objetivo de evitar os chamados “elefantes brancos”, ou seja, obras que seriam usadas apenas nas competições e depois ficariam ociosas, os organizadores da Olimpíada buscaram soluções inteligentes para garantir o uso efetivo das arenas após o término dos jogos. Mais do que pensar no momento de erguer as construções, era preciso levar em conta a manutenção dos espaços. Confira os dois exemplos que melhor aplicam o conceito de arquitetura nômade.

Arena do Futuro

Depois de sediar as partidas de handebol e golbol na Olimpíada e na Paralimpíada, o espaço será transformado em quatro escolas públicas para 500 alunos e com 17 salas de aula, cada.

A arena foi pensada para ter fácil montagem e desmontagem, com a maior parte das estruturas pré-moldadas. Sua fachada, por exemplo, será a mesma da escola e os frisos que permitem a entrada de luz natural e ventilação também serão mantidos, a fim de garantir melhor conforto térmico para alunos e professores. As oito placas pré-moldadas que formam o telhado serão levadas para fazer a cobertura das quatro instituições de ensino, assim como as 18 vigas metálicas que sustentam a estrutura.

As rampas e escadas, igualmente pré-moldadas, continuarão servindo para o acesso e a circulação das pessoas. As paredes, que são parafusadas e encaixadas, facilitando a remoção, serão reaproveitadas nas escolas.

E o que não ficará como legado? Dentre os poucos itens nesse caso estão as cadeiras das arquibancadas. Os 12 mil assentos foram alugados para os Jogos Olímpicos e serão devolvidos ao fornecedor assim que a competição acabar.

O projeto das escolas contempla salas multiuso e de informática, auditório, biblioteca, estacionamento, refeitório, quadra poliesportiva coberta com arquibancada e equipamentos de ar-condicionado. Ambientes totalmente adequados para um ensino de ponta.

Estádio Aquático

O ginásio será transformado em dois centros de treinamento, com piscinas em lugares diferentes. A desmontagem do espaço dará origem a um CT coberto, com capacidade para seis mil pessoas, e um descoberto, para três mil. Palco das competições de natação e polo aquático, a arena terá duas piscinas, sendo uma de aquecimento.

Os locais que receberão os novos centros de treinamento ainda não foram definidos. Como muitos estados brasileiros não possuem piscinas com dimensões olímpicas, de 50 metros, diversos municípios já manifestaram interesse em receber a estrutura ao término dos jogos.

A fachada chama a atenção neste projeto inovador. Com estruturas metálicas perfuradas, ela permite a entrada de ventilação natural e dispensa sistema de climatização, sem a necessidade de equipamentos de ar-condicionado no interior do prédio. Além da tecnologia sustentável, o visual é marcante. A fachada reproduz uma obra da artista plástica Adriana Varejão, que está exposta no Inhotim, um dos principais centros de arte contemporânea do mundo, localizado em Brumadinho, Minas Gerais.

Não é impressionante? A ousadia dos projetos de arquitetura nômade apontam um novo caminho para a construção civil e, no caso da Olimpíada Rio 2016, garantem um verdadeiro legado para os brasileiros.

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