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Guia Prático Sobre Tipos de Cimentos E Aplicações

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Certamente o cimento é um dos produtos mais utilizados que se tem conhecimento, seja em reformas de pequeno porte até em construções grandes e complexas. Ele é o principal componente do concreto, que também é um dos materiais mais consumidos em todo o mundo.

Trata-se de um pó fino que em combinação com a água endurece, tornando-se ligante e aglutinante. No formato de concreto é uma pedra rígida, modelada de acordo com a necessidade, formato e volume de cada projeto.

O cimento em combinação com outros componentes dá origem a variações de concretos e argamassas. Esta variabilidade e larga utilização confere à massa a característica de um material homogêneo, permitindo alta produtividade e redução de custos.

O nome “cimento” é proveniente do mundialmente conhecido Cimento Portland, batizado pelo empresário Joseph Aspdin que o descobriu em 1824. Vamos conhecer abaixo os diversos tipos de cimento e suas funcionalidades.

Tipos de Cimentos e Utilidades

No Brasil existem cerca de 5 variações de cimento e 3 destas, modelos especiais. As diferenças ocorrem de acordo com tipos de compostos que são adicionados à mistura do material Clínquer (uma mistura de calcário, argila e componentes químicos), padrão presente em todas elas.

Essas 5 formas de cimento são caracterizadas com siglas: prefixo CP seguido dos algarismos romanos de I a V, conforme a característica de cada uma.

Além disso, este material pode ser separado por classes, indicadas pelos números 25, 32 e 40, que representam os valores mínimos de resistência à compressão após 28 dias de cura.

As características de cada um são estabelecidas de acordo com a composição e podem ter variações principalmente em relação à resistência, cor e aspecto.

Tipo Portland CP I e CP I-S (NBR 5732)

O Portland tipo CP I é considerado o cimento mais puro existente, uma vez que não conta com adições além do gesso. Essa adição é inserida na composição do Cimento Portland para atuar como retardador de pega (aditivos plastificantes que dão consistência) e assim aumentar sua trabalhabilidade (termo usado para definir o grau de facilidade com que o concreto pode ser preparado e aplicado em obras).

Esse tipo de cimento é utilizado comumente em aplicações de concreto em que não são exigidas composições especiais devido propriedades do solo ou inerentes ao projeto.

Há também uma variação oferecida com uma mistura de 5% de pozolânico: o Cimento Portlando tipo CP I-S. De modo geral, esse tipo de concreto é utilizado para as mesmas aplicações que o cimento CP I.

Tipo Portland CP II (NBR 11578)

Com a composição modificada, é indicado para lançamentos maciços de concreto e possui uma velocidade reduzida de resfriamento em relação o modelo comum. Este tipo também apresenta maior resistência ao ataque de sulfatos presentes no solo. Acompanhe abaixo suas variações:

Portland CP II-Z

O Cimento Portland CP II-Z é aquele cuja mistura conta com adição de material pozolânico. Ele possuiu uma característica impermeável, portanto, mais durável.

É utilizado em larga escala em diversas obras civis e naquelas com características mais singulares, a exemplo de construções industriais, subterrâneas e marítimas.

Serve também para a produção de argamassas, de concreto simples e armado, de concreto protendido e elementos pré-moldados em geral.

Portland CP II-E

O Cimento Portland Composto tipo CP II-E passa, em seu processo de fabricação, pela adição de escória granulada de alto-forno.

Trata-se, portanto, de uma mistura moderada entre o cimento portland comum (CP I) e o portland com adições (CP II-Z).

Apresenta certa resistência e impermeabilidade, porém em menos intensidade que o modelo CP II-Z.

O maior campo de aplicação para esse produto é na construção de estruturas que permitam um desprendimento de calor intermediário e que possam ser atacadas pelo sulfatos.

Portland CP II-F

Possui adição de material carbonático – fíler (num teor de 6 a 10%). Ele pode ser usado em muitas aplicações, abrangendo quase todas as fases da obra.

Alguns exemplos seriam as aplicações mais simples no uso em argamassas de assentamento, revestimentos, concretos simples, elementos pré-moldados, concreto armado e argamassas armadas.

Pode ainda ter uso mais específico na execução de peças em concreto protendido, concreto magro, concreto-massa, pavimentos de concreto, solo-cimento, dentre outros.

Apesar de ser um dos tipos de cimentos mais versáteis, seu uso não é recomendável em meios mais agressivos.

Tipo Cimento Portland de Alto Forno CP III (Com escória – NBR 5735)

A fabricação desta variação abrange a incorporação de 35 a 70% de escória de alto forno em sua composição. Isso o torna um cimento com características ecológicas, uma vez que subprodutos da indústria siderúrgica (escória de alto forno) são aproveitados no processo de fabricação do cimento, reduzindo a extração em jazidas naturais e diminuindo o lançamento de CO2 na atmosfera.

Apresenta elevada resistência à expansão em função da reação álcali-agregado, com alta impermeabilidade e durabilidade, além do baixo calor de hidratação.

Possui muitas aplicações, porém, seu uso é mais vantajoso em obras de grandes dimensões, como as barragens, para a aplicação.

É também recomendado para execução de fundações de máquinas, pilares de pontes, pavimentação de estradas, até obras mais complexas como pistas de aeroportos e obras submersas.

Além disso, esse gênero de cimento é resistente aos sulfatos, sendo seu uso recomendável para obras em ambientes que agridam, a exemplo de execução de tubos e canaletas para condução de líquidos agressivos, e nas redes de esgotamento sanitário e efluentes industriais.

Tipo Cimento Portland CP IV – 32 (Pozolânico – NBR 5736)

O processo de produção do Cimento Portland CP IV conta com uma adição de 15 a 50% da pozolana em sua mistura, resultando em um cimento de baixa permeabilidade e porosidade capilar, aumentando a durabilidade e a estabilidade do concreto produzido com esta variação.

É indicado especialmente para obras expostas à ação de água corrente e materiais agressivos e com necessidade de aplicação em grandes volumes.

Sua mistura privilegia uma maior resistência à variação de temperatura e à compressão em comparação ao Portland Comum CP I.

Em razão dos materiais pozolânicos apresentarem menor velocidade de hidratação em relação ao clínquer, o concreto produzido com cimentos tipo CP IV pode apresentar baixa resistência inicial.

Entretanto, as avançadas metodologias empregadas pelos fabricantes vem possibilitando a produção de cimentos CP IV com níveis de resistências inicias similares às dos cimentos compostos.

Cabe ainda lembrar que os tipos CP IV possuem apenas duas classes de resistência: 25 e 32.

Tipo Cimento Portland CP V ARI (Alta Resistência Inicial)

O Cimento Portland CP V ARI é uma variação especial. Como a própria sigla sugere, ele alcança elevados valores de resistência à compressão nos primeiros dias: pode alcançar a resistência de 26 MPa com apenas 1 dia de aplicação e chegar aos 53 MPa aos 28 dias.

Exatamente por essas características é que o seu uso é destinado a aplicações que exigem alto poder de resistência inicial, mas desforma rápida.

A dosagem diferente de argila e calcário na produção do clínquer, além da fina moagem do cimento, é que traz esta propriedade ao cimento gerando um insumo de elevada resistência inicial.

O ponto fraco desse tipo de cimento é referente à sua baixa resistência aos agentes agressivos, não sendo, portanto, recomendável o seu uso em obras expostas à agua do mar e obras de esgotamento sanitário.

Tipo Cimento Portland CP-RS (Resistente a sulfatos)

O Portland resistente a sulfatos não forma uma classe específica de cimento. Isso quer dizer que qualquer um dos 5 tipos básicos (CP I, CP II, CP III, CP IV e CP V-ARI) podem ser enquadrados como resistente a sulfatos, desde que atendam algumas condições específicas. São elas:

  • teor de aluminato tricálcico do clínquer e adições carbonáticas de no máximo 8% e 5% em massa, respectivamente;
  • cimentos tipo alto-forno que contem com 60% a 70% de escória granulada de alto-forno, em massa;
  • cimentos pozolânicos que possuam de 25% e 40% de material pozolânico, em massa;
  • cimentos com histórico de resultados de ensaios de longa duração ou obras comprovadamente resistentes aos sulfatos.

Este modelo oferece resistência específica a exposições aos sulfatos. Por essa razão, sua aplicabilidade abrange obras de redes de esgoto sanitários, em regiões litorâneas e marítimas e outros tipos de solo.

Tipo Cimento Portland de Baixo Calor de Hidratação (BC) – (NBR 13116)

Da mesma forma como acontece com o Portland resistente a sulfatos, a versão de baixo calor de hidratação não constitui uma classe específica de cimento.

Ou seja, este modelo “BC” pode ser encontrado combinado com outros tipos, por exemplo, “CP-32 III (BC)”. Esta sigla indica, portanto, que o cimento possui baixo calor de hidratação.

A principal característica deste insumo é a sua propriedade de retardar a perda de calor, especialmente em grandes peças de concreto. Isso impede que apareçam fissuras de origem térmica, durante a fase de hidratação do cimento.

Tipo Cimento Portland Branco (CPB) – (NBR 12989)

Conhecido também por “cimento branco”, possui uma diferenciação relacionada à sua coloração. Pode existir em dois subtipos: estrutural e não estrutural.

O primeiro é aplicado para fins arquitetônicos e apresenta a mesma resistência do cimento original comum, possuindo variações nas 3 classes existentes de resistência: 25, 32 e 40. Ele possui baixa resistência aos agentes agressivos, não sendo recomendável o seu uso em obras expostas à agua do mar e esgoto.

Já o não estrutural é indicado para trabalhos de rejuntamento de azulejos e ladrilhos e outras aplicações não estruturais. Para este tipo de cimento não há a divisão segundo classes de resistência.

É importante ressaltar que a aplicação e a escolha de cada tipo de cimento deve passar por um processo de avaliação criteriosa em fatores técnicos, estudos de dosagem e viabilidade econômica sobre sua aplicação.

Cuidados com a estocagem

Como você pode perceber, existem diversos tipos de cimento aplicáveis às mais diferenciadas obras de engenharia. Entretanto, para que suas características sejam preservadas e sua aplicação alcance os parâmetros desejados, é indispensável assegurar qualidade e segurança na estocagem.

O cimento é internacionalmente embalado em sacos de papel tipo kraft, assegurando sua proteção contra a umidade e facilitando o transporte e manuseio.

Mesmo sendo esta a embalagem apropriada, é indispensável que haja alguns cuidados para estocar o material, evitando que ele endureça e torne-se inviável para aplicação. Alguns cuidados básicos são:

  • estocar os sacos em local seco, coberto e fechado;
  • manter os cimentos empilhados sobre um tablado de madeira a, pelo menos, 30 cm do piso;
  • não formar montes com mais de 10 sacos;
  • deixar as pilhas afastadas das paredes.

Locação de Equipamentos Para Concretagem

Seja qual for o tamanho da obra, os equipamentos utilizados na concretagem conferem mais produtividade e eficiência para o projeto.

Uma das formas de alcançar economia para o projeto sem perda da produtividade, é contar como aliada a locação de equipamentos como betoneiras, vibradoras, alisadoras etc.

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