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O que é eflorescência e como resolver esse problema?

gerenciamento de obras homens dando aperto de mãos

Quem nunca se deparou com trincas nas paredes da sua casa ou destacamento do revestimento cerâmico nas fachadas? E aquele pó esbranquiçado que surge nas peças de concreto? Você sabe se esses fenômenos são perigosos?

As patologias construtivas são problemas que surgem na edificação, após ser finalizada, e que comumente geram transtornos para os usuários. As implicações podem ser diversas, desde uma aparência indesejada a danos na estrutura e diminuição do desempenho da estrutura. 

No artigo de hoje, preparamos informações muito importantes sobre um tipo específico de patologia das construções: o surgimento de um pó branco nas superfícies. Nesse texto, você vai entender o que é eflorescência, quais suas causas e como combater ou remediar esse problema frequente nas edificações brasileiras. Confira!

O que é eflorescência e onde ela ocorre?

A eflorescência é um fenômeno de aparecimento de um pó com a aparência esbranquiçada, que pode atingir diversos elementos da construção. É um pó composto por nitrato de potássio, também conhecido como salitre.

Essas substâncias podem surgir na superfície de revestimentos, como piso cerâmico, nas paredes, no teto e em outros diversos lugares. A formação desse problema decorre da migração de uma mistura de água e sais, que após evaporada, deixa os depósitos cristalinos de cor branca.

A eflorescência costuma ocorrer em lugares com maior presença de cimento e, por isso, locais com vergas e contravergas ou pontos de canaletas estão mais suscetíveis ao aparecimento da patologia.

Quais as causas desse fenômeno?

Os materiais utilizados na construção, tais como os usados na alvenaria, nas argamassas de revestimento, emboço, assentamento ou rejunte, possuem sais solúveis em sua composição. Quando a água penetra nesses elementos construtivos, esses sais acabam se dissolvendo e sendo carregados por essa água através dos poros do material.

A solução salina que migra para o exterior dos elementos, ao evaporar, faz surgir o pó branco, que são os cristais que não evaporam com a água.

Esse mecanismo de degradação das estruturas é chamado de lixiviação. Quimicamente, o que ocorre antes desse mecanismo é a geração dos sais, no material, após a reação de hidratação do cimento.

No caso das alvenarias de bloco cerâmico, as substâncias presentes nesses componentes e na argamassa de assentamento mais comumente associados ao fenômeno são o Hidróxido de Cálcio e o Hidróxido de Magnésio.

Essas substâncias podem reagir com o CO2, presente na atmosfera, formando os sais carbonato de cálcio e carbonato de magnésio, respectivamente, e são esses elementos que apresentam o aspecto de pó branco.

Quais os riscos associados?

A eflorescência por si só não representa nenhum risco ao desempenho da estrutura a ela associada. O único desconforto gerado é meramente estético, embora possa aparentar que o concreto ou o outro elemento esteja sendo consumido.

Entretanto, o processo de lixiviação, o mecanismo de formação do fenômeno, pode sinalizar o surgimento de outras patologias na peça. A remoção acentuada dos componentes sólidos da estrutura pode contribuir para a penetração de agentes agressivos à armadura e ao concreto (no caso das estruturas de concreto armado).

Um exemplo dessa complicação é a entrada de gás carbônico no interior da peça, provocando a despassivação da armadura e perda do seu desempenho. 

Como prevenir o aparecimento da eflorescência?

Escolher o cimento ideal

É comum o aparecimento do fenômeno de eflorescência quando são utilizados cimentos mais puros, ou seja, sem aditivos. A presença de pozolana ou escórias, que são adições do cimento, favorecem o consumo e transformação dos sais, impedindo que sejam dissolvidos pela água.

Dessa forma, durante a fase de projeto é importante considerar o uso dos cimentos CP IV (pozolânico) ou cimentos resistentes a sulfatos (RS). O tipo CP III, chamado cimento portland de alto-forno, que contém escórias granuladas, também pode ser utilizado para evitar o surgimento da patologia, uma vez que, apresenta baixo teor de hidróxido de cálcio.

Aditivos redutores de água e cura eficiente do concreto

Outra solução para prevenir o aparecimento da eflorescência é a utilização de aditivos redutores de água que irão otimizar a trabalhabilidade do concreto, diminuindo o consumo de água empregado, sem prejuízos na resistência do material. Esse tipo de aditivo pode reduzir em até 40% o volume de água necessária para garantir o manuseio do concreto.

O processo de cura também pode influenciar diretamente no aparecimento do fenômeno, uma vez que, se mal executado, aumentará a porosidade superficial dos elementos, favorecendo a infiltração da água.

Deve-se procurar a técnica de cura do concreto ideal, considerando os fatores de umidade, temperatura do ambiente e velocidade do vento na região onde está sendo executada a construção, para se obter materiais menos porosos e, consequentemente, menos suscetíveis à ação da água. 

Ambas alternativas de prevenção estão relacionadas à densidade da argamassa, que quanto maior, menor será sua permeabilidade e capilaridade.

Outras alternativas

Além das medidas de prevenção mencionadas, pode-se aplicar também:

  • uso de hidrofugantes, para a bloquear as infiltrações, na argamassa de proteção;
  • aplicar duas demãos de argamassa polimérica sobre a proteção, anteriormente ao assentamento do revestimento cerâmico;
  • realizar drenagem da água acumulada acima do sistema de impermeabilização.

Como remediar caso já tenha ocorrido a patologia?

Na maioria das vezes, quando já presente nas peças, a eflorescência é bem difícil de ser removida. Isso porque os ácidos que poderiam ser utilizados na remoção (como o ácido acético ou o muriático) provocam a degradação do concreto e, no caso dos revestimentos cerâmicos, podem danificar a aparência. 

No entanto, pode-se utilizar soluções de ácido sulfâmico ou ácido amidossulfônico, com concentração média de 5%, testando-se previamente para não se obter danos indesejados na superfície do material. Após limpa, a superfície deve ser lavada com água em abundância e produtos com procedência desconhecida nunca devem ser utilizados.

Quando presentes em grandes áreas, como nas fachadas de edifícios, recomenda-se a contratação de empresas de limpeza especializadas, para que não haja grande prejuízo à aparência das peças. 

Agora que você entendeu o que é eflorescência, seu processo de formação e como tratá-la, que tal seguir a gente nas redes sociais para saber mais sobre assuntos como esse? Dessa forma, você poderá ficar muito mais antenado às informações e novidades da construção civil. Curta nossa página no Facebook e siga nosso perfil no LinkedIn.

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